picaretagem científica II – o retorno

Novembro 9, 2009 § 22 comentários

Há cinco meses publiquei aqui no blog o post picaretagem científica, em que discuti brevemente a questão das fraudes e plágios na academia por ocasião da publicação de uma metanálise de pesquisas sobre má conduta científica, a qual indicava que essa prática é mais frequente do que se imagina ou se veicula.

E cá estamos em situação de precisar repetir o título do post.  A alternativa seria algum título como “Vergonha na USP”. Mas esse seria um plágio, pois já foi aplicado por Marcelo Leite para se referir a um escândalo no Instituto de Física desta instituição há cerca de um ano. Melhor não cometer um plágio para falar de outro, certo? E que, vejam só que ironia, também tem a USP como cenário. Só que desta vez a protagonista da vergonha é ninguém menos que… a reitora!

Uma rápida retrospectiva do caso em hiperlinks: em 04/11/09, o jornalista Eduardo Gerarque publicou na Folha de São Paulo a matéria Reitora da USP é acusada de plágio em estudo sobre vírus, em que relatou que um grupo de pesquisadores publicou um trabalho em 2008 com três figuras idênticas a um outro estudo publicado em 2003 por um grupo da UFRJ.

Obviamente o caso repercutiu em diversos veículos de comunicação, em especial pelo fato de um dos 11 autores do trabalho acusado de plágio ser a atual reitora da USP, Suely Vilela. Um exemplo está no blog Ciência em Dia, do jornalista Marcelo Leite, que já publicou 3 posts sobre o caso desde então: A reitora e a ética acadêmica – 04/11/09,  Mais ética na academia – 06/11/09 e Mais do mesmo – ética na academia – 08/11/09.

Roberto Takata, do Gene Repórter, levantou ainda outro aspecto: não só houve plágio ao usar imagens de outra publicação, como ainda há uma informação falsa, já que as legendas usadas para identificação das imagens não correspondem às mesmas (veja detalhes no post Plágio?).

Enquanto a reitoria até agora foi capaz apenas de enviar uma patética nota em que termina por descarregar a responsabilidade pelo ato em uma então aluna de doutorado, discussões mais sérias sobre o modo de produção científico na academia vem sendo levantadas. O próprio Marcelo Leite começou com o pertinente questionamento sobre a autoria em trabalhos científicos e os “clubinhos” que se formam.

Explico: como o número de publicações é uma das principais formas de se mensurar a produção acadêmica, é prática mais do que comum o troca-troca de citações. Um pesquisador inclui outro em artigo resultante de pesquisa sob sua coordenação em troca de ser incluído da mesma forma em outro artigo deste e ambos saem ganhando com um trabalho só e dois artigos. Mas eleve isso à enésima potência, porque um pesquisador não faz troca-troca só com um, a promiscuidade é grande e qualquer pessoa que já tenha convivido minimante no meio sabe disso.

A inclusão do nome de um pesquisador externo ao grupo não é prática de todo “picareta”. É bastante comum que a pessoa incluída tenha participado minimamente do trabalho, como parece ter sido o caso de Suely, segundo seu próprio relato. A questão é: ter o nome lá como autor significa concordância com o que está publicado, não parece óbvio para vocês?

O tipo de argumentação da reitora, a meu ver, é a mesma coisa que dizer que Sarney não sabia dos R$4000,00 que estava recebendo de auxílio moradia. Não tenho dúvidas de que não sabia mesmo. O cara tem uma ilha (e trocentas otras cositas más), certamente não percebe esse “troquinho” no extrato bancário. Mas isso quer dizer que não tem responsabilidade sobre o fato? Que não deveria arrumar um mecanismo para estar a par daquilo que participa? Claro que não, né! Idem para o caso tema deste post.

Argumentações patéticas como essa usada pela reitoria, ou infantis do tipo “foi ele quem começou”, como vemos em muitos dos comentários nos posts citados, ou as do tipo “mania de perseguição”, que fazem referência ao fato de que amanhã haverá eleição para o novo reitor da USP e que “levantar essa lebre” tem razões políticas por trás, são pífias e não respondem de fato ao problema.

Acho que ninguém tem dúvidas que a avaliação da produção acadêmica possui falhas e precisa melhorar. Uma falha grande que vejo foi muito bem expressa pelo pesquisador Charbel El-Hani em debate pós apresentação na SBPC de 2008: as atividades de divulgação científica que um pesquisador realiza deveriam também ser contabilizadas como produtividade acadêmica tanto quanto as demais produções. Isso no CV Lattes, por exemplo. Só assim a “tríplice aliança” ensino-pesquisa-extensão se cumpriria.

Mas a ideia é melhorar o que está, não usar falhas do modo vigente como desculpa para esculhambar a casa de vez… Menos ainda reforçar a impunidade e o oba-oba geral de um sistema de picaretagem que obviamente extrapola a academia: se der algum pepino, aponta-se para aquele do grupo com menor chance de punição (a aluna de doutorado, o caseiro etc). Mas se der tudo certo… aí quem vai apresentar o trabalho em congresso, digamos, na Holanda é o orientador, não o doutorando, né!

phd110609s[tradução da HQ: “você quer que eu supervisione alguns dos alunos de pós graduação?”; “Sim”; “A ideia é me separar dos detalhes mundanos do seu cotidiano de pesquisa.”; “Se houver um problema, eu não quero ouvir falar dele”; “Mas você deveria ser o ‘orientador’.”; “O que eu acabei de dizer?”]

Além dos posts e matérias supra referidos, leia mais sobre o caso em:

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§ 22 Responses to picaretagem científica II – o retorno

  • Bravo!

    Texto excelente, Tati! Colocaste exatamente quais são os problemas e as desculpas por trás deles. Como transformar o publish or perish de forma construtiva, sem cair no outro extremo (o do ninguém faz coisa alguma)? Eis um belo desafio para a nossa geração.

    Abraço,

    Fernanda

    • trnahas diz:

      Obrigada, Fer!
      É um desafio e tanto mesmo… dá até desânimo às vezes, viu! Ver uma acadêmica na posição de reitora enviando uma nota ridícula dessa e com isso considerando que está tudo ok… é uma mentalidade torta que precisa ser mudada logo!

  • […] This post was mentioned on Twitter by Fernanda Poletto, Tatiana Nahas. Tatiana Nahas said: "Picaretagem científica II – o retorno": http://migre.me/b7IB […]

  • Carlos diz:

    Oi Tati! É um prazer estar aqui na sua página. Parabéns pelo blog e pelo post.
    O tema é bem delicado e você o trouxe à baila com um texto elegante e corajoso.

    Abraço,

    Carlos

    • trnahas diz:

      Olá, Carlos,
      seja muito bem vindo ao blog, volte sempre!
      Obrigada pelos elogios ao texto; tive que esperar passar um pouco o calor do momento para conseguir escrever algo um pouco mais reflexivo e um pouco menos emocional :)
      Abração!

  • Quando penso que me envergonhei o suficiente com as gafes da academia, chega alguém e aprofunda ainda mais o poço, hehe!

    Excelente texto Tati! E por falar em fraudes, certa feita assisti a um seminário aqui no IQUSP do amigo e Prof. Erick Bastos, da UFABC, que tratava exatamente desse assunto como tema central. Foi sensacional! Pedi para que ele me avisasse quando fosse apresentá-lo novamente e creio que está mais do que na hora, quem sabe ele se anima, hehe!

    Inté!

    • trnahas diz:

      Oi, Joey!
      Puxa, não conheço esse professor! Me avisa se ele se animar de dar palestra com esse tema então; certamente vou querer assistir!
      E não sei se vc já leu o “Imposturas Intelectuais” do Alan Sokal ou “O imbecil coletivo” do Olavo de Carvalho. É tiro certo para se envergonhar bastante com a academia :)
      Abração!

  • Oi Tati,

    Acho que a melhor versão do meu texto ainda está no SEMCIÊNCIA com M…: (O Senciência é um blog experimental para eu aprender a usar o WordPress e eventualmente concorrer à vaga do SBB).

    http://comciencias.blogspot.com/2009/11/sobre-o-plagio-no-paper-da-usp-onde.html

    Quanto à tradução da tirinha do PhD Comics, “grad students” é igual a pós-graduandos (“undergraduate” é graduando). O personagem que está conversando com o professor é um pós-doc.

    O PhD Comics revela bem mais sobre nossas práticas acadêmicas do que qualquer investigação na USP irá revelar.

    Acho que, como você bem disse, não é tanto um problema de crime ou mesmo de ética. É mais de “picaretagem”, ou seja, maximizar os resultados usando-se o mínimo esforço (algo que os estudantes já aprendem a fazer na graduação).

    Fica por se discutir em que sentido a picaretagem é anti-ética.
    Talvez o seja se os índices de produtividade, inflados por práticas de picaretagem, façam com que os pesquisadores (ou grupos) obtenham um financiamento indevido na competição com outros grupos que não usem (ou pelo menos não abusem) de práticas de picaretagem acadêmica…

    • trnahas diz:

      Oi, Osame!
      Obrigada pela correção na tradução; comi bola na pressa, mas já arrumei lá!
      Também troquei a referência para o teu outro post. Eu tinha entendido que ambos eram iguais e como achei o blog no WordPress mais legível e bonito… Mas agora deixei o link pro outro!
      Concordo com você que as tirinhas do PhD Comics são um retrato bastante fiel do cotidiano acadêmico :)
      Mas acho que picaretagem entra no campo da ética sim! Bem como todas as práticas afinadas com a “Lei de Gérson” tão queridas dos brasileiros…

  • Tati,

    Deixa eu explicitar melhor a questao de picaretagem e ética.

    Acho que concordamos que nenhum dos comportamentos denunciados sao ilegais (talvez o plágio viole alguma lei de copyright, mas nao tenho certeza, dado que se pode alegar que foi um erro e nao um plagio). Ou seja, vai ter uma sindicancia interna na USP, mas um caso de plágio cientifico dificilmente redundará em um processo judicial, concorda?

    Logo, não é uma questao de direito, de legalidade, mas sim de moralidade (ou ética).

    O problema é que o código de ética da academia não é explicito, é tácito, ou seja, é um conjunto de costumes em vez de um conjunto de regras explicitas, onde podemos verificar se alguem transgrediu a regra ou nao.

    Exemplo: vários pesquisadores se manifestaram no blog do Marcelo Leite defendendo que não existem problemas éticos nas seguintes praticas:

    1. Autoria honorária (caso da reitora?) visando facilitar a publicação do paper (justificativa: o autor honorario assume o risco ao chancelar a publicação. No minimo, atua como um peer review)
    2. Autoria com participação minima (ceder uma amostra da toxina, por exemplo. Justificativa: sem tal amostra ou equipamento nao seria possivel fazer o trabalho, é uma condição necessária).
    3. Autoria pelo fato de ser chefe do laboratório (justificativa: o chefe e o financiamento obtido são condições necessárias para o paper)
    3. Que os membros externos da banca de doutorado da estudante também eram co-autores de papers (feitos durante o doutorado) com a mesma. (justificativa: é dificil encontrar pessoas que possam avaliar o trabalho com profundidade em áreas muito especializadas ou com poucas pessoas no Brasil)

    Ou seja, como não existe um código de ética do cientista ou do academico (similar ao codigo de Hipocrates para os médicos, talvez), as normas éticas ficam com um carater extremamente subjetivo. É possivel falar de regra ética se não existe consenso sobre a validade de tal regra ética? E em que forum se forma tal consenso?

    Me parece que as regras eticas nao sao regras, mas comportamentos que vc imita do seu vizinho. Jogar lixo na rua, até uns anos atrás, era ético. Fumar em lugar fechado é ilegal em alguns estados, mas era anti-etico há alguns anos (acho), e certamente era ético nas decadas em que fumar, especialmente entre as mulheres, era um ato de contestação e liberação de costumes… Talvez comer carne, dentro de 50 anos, nao seja mais ético.

    Então, acho que devemos a começar a pensar em uma teoria da ética, especialmente da ética cientifica, que nao se baseie em regras explicitas (tradição francesa) mas sim em costumes consensuais com “jurisprudencia” (tradição inglesa).

    Uma sugestao de leitura: http://www.its.caltech.edu/~dg/conduct_art.html

    • trnahas diz:

      Oi, Osame,
      Obrigada pela excelente complementação!
      Entendo o que vc colocou sobre os comentários de pesquisadores nos posts do Leite; foi sobre eles que quis me referir qdo disse em tom mais jocoso que há muitas argumentações “infantis do tipo ‘foi ele quem começou’, como vemos em muitos dos comentários nos posts citados”. Esses argumentos, como os demais que mencionei, não resolvem a questão e só mostram como o pensamento e a prática desses pesquisadores estão distorcidos do ponto de vista ético.
      De fato, alguns comportamentos e práticas que parecem óbvios do ponto de vista ético e moral para alguns, não são para outros. Só não concordo muito com teus exemplos, preciso pensar melhor sobre eles. É que não estou segura se podemos dizer que “Jogar lixo na rua, até uns anos atrás, era ético” e que deixou de ser a partir de leis e punições que regulamentam a questão. A meu ver, esse comportamento sempre foi anti-ético e agora, além disso, passou a ser também ilegal. De qualquer forma, concordo com você: seria mesmo muito importante haver um código de ética formal para a atividade acadêmica.
      Obrigada pela indicação de leitura, vou ler com carinho mais tarde!
      Agora off-topic: queria aproveitar o bate papo e te pedir a referência daquele seu artigo que vc mencionou na sua apresentação no encontro do EWCLiPo. Tomara que seja em revista open acess :) Ou então, se vc puder me passar o pdf… Obrigadíssima!

  • Olá Tatiana,

    seu blog é ótimo! O assunto em pauta é sempre incômodo, mas precisa ser enfrentado de frente. Qualquer pessoa que já “habitou” o universo científico sabe que isonomia e mérito nem sempre são os critérios definidores dos lugares ocupados, em muitos momentos as simpatias pessoasis e as barganhas políticas ditam os laureados e definem os selecionados, o que é uma pena! Contudo, a Ciência é feita por seres humanos, ou seja, suscetível a todos os defeitos e virtudes típicas da nossa espécie. Além disso, numa sociedade culturalmente tolerante com a corrupção, como a nossa, os defeitos de caráter encontram solo fértil para macular qualquer instituição, seja ela científica ou não. Por isso mesmo, apenas uma pequena parcela dos casos de abuso de poder, plágio, favorecimento, nepotismo e apropriação indevida do erário público, no mundo científico brasileiro, vêm à tona. Mas, uma simples varredura nos processos de seleção para professores nas Universidades públicas do país poderia revelar o quanto as práticas que condenamos no congresso nacional atingem, também, o mundo acadêmico; isso sem falar no uso inapropriado de verbas para pesquisa, viagens, etc. Felizmente, a maioria dos nossos cientistas são muito mais honestos do que o mais honesto dos nossos congressistas, o que é um alívio! E, infelizmente, na maioria das vezes, são os desonestos que melhor se adaptam aos trâmites políticos das instituições e, por isso mesmo, acabam ocupando os postos com poder de decisão nas mesmas. Reusmindo: precisaria de uma boa dose de fé, e muito pouco raciocínio lógico, para cultivar a crença de que os séculos de formação do Brasil, baseada num modelo patrimonialista e anti-meritocrático, não afetariam o mundo científico nacional. Afinal, a ciência pauta-se pela isenção mas, como toda produção humana, é afetada pelo contexto sociocultural no qual é produzida.

    • trnahas diz:

      Oi, Angelita!
      Assino embaixo do comentário que você fez sobre as práticas questionáveis na academia! Você levantou vários outros pontos além da questão do plágio e fraude que também são muito pertinentes e, infelizmente, rotineiros. Em especial a observação sobre o processo seletivo nos concursos. Mas também concordo que a maior parte dos cientistas são mais éticos que os congressistas (embora, infelizmente, isso não queria dizer lá muita coisa :)
      De qualquer forma, acho que você tocou no ponto crucial, que é que os cientistas são, antes de tudo, seres humanos. Com sus falhas, paixões, ambições… e méritos também, lógico! Escrevi um pouco sobre isso em um post sobre história da ciência: https://ciencianamidia.wordpress.com/2009/11/02/a-historia-que-falta/
      Muito obrigada pela visita ao blog e pelo comentário super positivo! Eu descobri seu blog recentemente e também achei-o ótimo! Assinei o RSS e tenho acompanhado seus textos desde então. Aliás, gostei muito do post sobre a Fun Theory! Eu ia escrever sobre isso qdo vi o anúncio do concurso e os vídeos, mas agora não precisa mais :)
      Vi que vc fez pós em Neuropsicologia e Comportamento na USP. Foi no NeC? Meu ex-orientador tbém orientava por esse programa e eu fiz algumas disciplinas por lá. Quem sabe já não nos cruzamos antes?

      • Olá Tatiana,
        não tem jeito, não é mesmo? As coisas estão ligadas, afinal, plágio é corrupção. E, obviamente, a corrupção implica todo um repertório sociocultural, uma história das mentalidades que predispõe à tolerância e a prática da mesma. Ou seja, para que o plágio exista, tem que haver a conivência, o favorecimento, o acobertamento, o patrimonialismo…e para isso, as relações pessoais têm de falar mais alto do que o mérito. É um círculo vicioso, mestres medíocres tendem a se cercar de discípulos idem, o oposto também é válido…e a roda gira!

        Agradeço os elogios ao meu blog; gostaria muito de ter mais tempo para me dedicar a ele…mais, c’est la vie!

        Após a graduação, eu estive no NeC por dois anos, 1998 e 1999. Mais especificamente no ICB. Depois fiz Mestrado na Psicologia Social, de 2000 a 2003…já faz tempo…Rs!

        Ah! Te linkei nos meus blogs.

        • trnahas diz:

          Olha só, fomos contemporâneas por lá então! Capaz até de termos cursado alguma disciplina juntas :)
          Tô meio maluquinha aqui essa semana (nem me fale sobre tmepo pra atualizar o blog…), mas logo te escrevo no e-mail para trocarmos mais figurinhas então!

  • trnahas diz:

    Sobre o tema e indo além, recomendo a leitura da reflexão de Roberto Takata no Gene Repórter – “Limitações das ciências: fraudes”: http://genereporter.blogspot.com/2009/11/limitacoes-das-ciencias-fraudes.html

  • Cecilia Rodrigues diz:

    Oi Tati
    Sinto orgulho de ver alguém discutindo a questão das fraudes e plágios na academia com tamanha clareza, coragem e de peito aberto.
    Quem sabe se essa discussão não acabe mostrando a premente necessidade da elaboração de “um código de ética formal para a atividade acadêmica”.
    É sempre um prazer visitar sua página.
    Ciça

    • trnahas diz:

      Oi, Ciça,
      obrigada pelo gentil comentário!
      É, parece que o código de ética “formal” é uma ideia apoiada por alguns leitores deste blog! Resta pensar como formalizar isso de forma a melhorar o sistema e não somente adicionar mais burocracia ao pesquisador que já está bem sufocado nela…
      Abração!

  • Recebi esse comentario no SEMCIÊNCIA, acho que era dirigido ao Marcelo Leite…

    Informações a serem verificadas. Sherlock Takata? Ou será que ele é a origem desse comentário? risos

    Anônimo disse…
    Marcelo,
    sou pós graduando aqui da USP, e estou acompanhando este caso absurdo (o do plágio envolvendo um grupo de pesquisa da USP-RP). Todos nós ja sabemos que a corda vai quebrar para o lado da estudante e não do chefão!!
    Mas, eu gostaria de mencionar uma informação: Se você olhar nas referências deste artigo (o que plagiou as figuras) e ver o primeiro artigo da lista (França, 2007), vai descobrir que os gráficos foram copiados de lá!!!
    Isso demonstra que a pratica do plagio por este grupo não poupa nem os seus próprios trabalhos de serem copiados. Precisamos lembrar que, se Carolina não era autora deste paper, como ela pôde ter acesso aos originais do mesmo para fazer as modificações dos simbolos da legenda???? Um dos autores deve ter fornecido isso para ela – o próprio Andreimar ??? E mais grave ainda, se olhar com atenção no paper de onde os gráficos foram copiados, você vai perceber claramente que dois deles são absolutamente cópia um do outro. E não adianta falar que não porque é impossíveis, dois experimentos distintos, com venenos diferentes, darem o mesmíssimo perfil no gráfico. Tanto é que um ponto foi descaradamente modificado!! Enfim, isso só demonstra que por mais que a Carolina tenha feito a ‘maracutaia’ em algum momento houve conivência por parte do orientador, pois anteriormente a ela a prática já era comum em seu grupo!!

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